a poesia não salva na memória da vida
virtual satisfação, consumo somente imagens
me prostituo constantemente,
vendendo meus desejos anseios e interesses
ao mercado poético externo
na alma vitrine, contemplo a humana vaidade
à custa de sangue e suor alheio
milhares colhem aquilo que não plantam
como não lembrar de quem fabricou meu sabonete?
não, só porque comprei, tenho o direito
eis o maior erro dos terráqueos...
nunca estamos sozinhos...
alguém colocou botão em nossas calças
e com ele a íntima dependência...
todos dependentes, várias dependências.:
químicas, físicas, sociais, banais, ilusórias...
come, bebe, trepa e xinga...trabalha danado
na construção de um mundo caduco e decadente
prestes a lhe consumir os ossos órgãos do finito corpo
26
de
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Gino Ribas Meneghitti
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