Preocupados mais com a fama do que com o que está sendo propriamente dito, defendido e disseminado, uma legião de escritores estão sendo formados para preencher as lacunas e vazios promovidos pelo mercado, que acena de forma positiva e ativa para os futuros escribas editoriais. Os assuntos serão escolhidos e tratados mediante fria análise dos temas mais vendidos e comentados na Internet. O número de visualizações e de "likes" ditará as novas regras do mercado editorial, cujas produções literárias serão requisitadas como mercadorias a serem produzidas no intuito de atenderem uma demanda e público específicos. A política econômica, mais uma vez, irá reger e conduzir o destino da arte, desde de seus produtos até os seus produtores. Os mecenas contemporâneos porém, não visam a proteção ou produção de algo de elevado teor científico, artístico ou cultural, mas tão somente o lucrativo retorno de seus investimentos iniciais. Os livros não serão considerados ou comercializados como portas de acesso a um mundo superior, mas tão somente como instrumentos de manutenção e reafirmação do status quo presente e operante. O sistema irá se encarregar por rebaixar o nível intelectual das massas com a disseminação de livros ruins e que não tenham nenhum propósito, interesse ou finalidade além de distrair, entreter e fantasiar uma realidade que irá se mostrar, a cada dia, mais dura, perversa e difícil de superar.
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