Apesar das especulações em torno do novo presidente norte americano serem positivas e o mesmo possuir um histórico multicultural, ainda assim, carregaremos para sempre a certeza de que sempre teremos o direito à dúvida. Embora o clima otimista prevaleça, estamos passando por um período de turbulência mundial: os intermináveis conflitos na faixa de gaza se intensificam e milhares de pessoas morrem vítimas da barbárie e da truculência do governo israelita; o caos ocasionado pela crise financeira afeta todos os setores da economia gerando desemprego e desajustes fiscais; as leis trabalhistas são diariamente reformuladas visando o aumento da produtividade e os interesses das grandes multinacionais; as alterações de fatores climáticos influem diretamente nos ciclos naturais...
Como o novo presidente norte americano irá reagir diante das adversidades e quais serão seus aliados no combate ao terrorismo é uma pergunta pertinente que perpassa pelo âmbito da diplomacia e culmina na coerência de seu discurso em defesa dos direitos humanos. Se por um lado, Barack Obama confirmou a retirada das tropas americanas do Iraque em 2010 por outro não relutou em dizer que permanecerá firme na sua decisão de pressionar o Afeganistão na tentativa de desmantelar as organizações terroristas como a Al Queda. O que constitui uma ameaça aos seus olhos pode no fundo ser um sentimento de insatisfação com as regras do jogo econômico. Além de ter a missão de restaurar a economia norte americana, o novo presidente terá pela frente a difícil tarefa de reconstruir a imagem de seu país, manchada de sangue pelo despótico poder exercido pelo seu antecessor. A desconfiança, neste caso, nos salva da ingênua crença em um possível salvador do mundo. Não podemos nos esquecer que, acima de tudo, Obama primará por defender e fortificar a supremacia dos EUA em relação aos demais povos. Ele não se apossou de uma Instituição de Caridade e não sabemos quais serão seus critérios em sua investida no Afeganistão. Ainda é cedo para acusações ou justificativas descabidas que investem de crédito sua figura. Resta-nos esperar para ver com nossos próprios olhos as mudanças que serão operadas em seu governo, para o bem ou para o mal, pois é desnecessário discorrer sobre a influência e as consequências que tem para o mundo a direção tomada pela maior potência mundial.
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Gino Ribas Meneghitti
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