quarenta anos após a ditadura militar
intelectuais, artistas assumem outra posição no ar
primeiramente eram contra a repressão
o ápice dos protestos a musical revolução
a irreverência comportamental de seus adeptos
o vanguardismo estético presente nos manifestos
a rebeldia dos estudantes contra a ditadura
contra o status quo, a bomba da cultura
movidos pelo ímpeto da transformação
estudantes provocaram a revolução
encruzilhada vivida por esta geração
que foi em 68 ponto de inflexão
viva o milagre ecônomico brasileiro
viva a canção do exílio, ao mártir guerreiro
ou você era engajado ou era alienado
não existiu meio termo na era de aquarius
toda esta agitação político cultural
refletiu diretamente na identidade nacional
no fio da navalha, a violência era constante
radicalização crescente, inferno angustiante
esquerdistas, comunistas, anônimos artistas
não se tratava de um ícone pop
nem mesmo existia preocupação com o ibope
não vendiam sua alma ao diabo
e seu fígado aos vermes não era atirado
as utopias foram tragicamente abortadas
o que beneficiou atitudes ousadas
até a classe média estava bastante emocionada
pois via que seus filhos também estavam envolvidos
correndo perigo pois se tratava de uma tirânica cilada
a marcha dos cem mil entrou para a história
a roda viva ficou na memória
versos fortes que mechiam com o espírito da época
fez surgir uma legião de poetas
vinicius, edu lobo, jobins e buarques
tropicália verso louco, só para quem sabe
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