a vida é uma lacuna a ser preenchida
por almas nobres, torpes, arredias
o instinto, movimento inevitável
pela arte transcendente transmutado
remete-nos as sombras cinzas
no lodaçal do humano pantâno civilizado
tempo e espaço desconfigurados
moldados pela descontrução do ser
plasmado pela convicção do ter
vazio de esperanças vindouras
pérfida imediatez concludente
julgam pessoas e poesias
valorizam horas, enumeram dias
criam sistemas, escravizam vidas
sugestionam temas e filosofias
ignoram saberes e os poderes celestiais
providência divina, inalterável justiça
berço da liberdade inconfidente
nos braços da humanidade penitente
reside nossas mais deploráveis esperanças
a espera do amanhacer, na aurora do ser
novamente desfalecer... fortalecer, renascer...
ciclo, continuamente louco...
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