Os protagonistas do teatro
político se esqueceram das lições assimiladas nas últimas eleições. Não podemos
ignorar a construção de um novo cenário, cujo personagem principal foi
representado por Ciro Gomes que deu voz e margem ao nascimento da centro
esquerda brasileira.
As barbaridades ditas e cometidas
pelos atuais gestores, que reproduzem as mesmas práticas políticas que tanto
repudiaram durante sua campanha - vide Queiroz e as laranjas – tendem a
acelerar o processo de rejeição e de esclarecimento de uma pequena parte da
população.
Infelizmente somos obrigados a
reconhecer que vivemos num país de miseráveis cuja vida é destinada ao
exercício da própria sobrevivência o que os impede de buscar esclarecimento,
seja no nível político ou cultural, espiritual ou existencial. Num país de
escassos leitores, poucos possuem o privilégio de ter livre acesso ao conhecimento
e a informação. Seria de extremo mal gosto, para não dizer crueldade e
covardia, julgar e condenar o povo e a ignorância como os únicos responsáveis
pelos resultados obtidos nas últimas eleições.
O sentimento anti-petista, a
homofobia e a insegurança promovida pelos altos índices de homicídios e da
própria criminalidade arrastou parcela significativa da população a optar pelo conservadorismo
dos costumes ao alto preço de uma política econômica liberal.
Os ricos sorriem perante a
derrocada da classe trabalhadora e da ingenuidade do alvo votar na bala.
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