O discurso promovido pelo
ódio a um único indivíduo e partido concedeu concessões de venda e entrega de
nossas riquezas nacionais, vide Amazônia, petróleo e Petrobrás. Sim, a esquerda
brasileira deve ser reconstruída e repensada sob o risco de ver suas principais
bandeiras naufragarem no tempestuoso mar do descaso, do desprezo e da
indiferença.
O preço de ter feito política a moda antiga, com alianças escusas e descabidas com raposas e aves de rapina da famigerada oligarquia foi pago com o impeachment e o inglório resultado obtido nas últimas eleições. Primando pelo “toma lá, dá cá”, negociando cargos e verbas, alinhando e submetendo seu discurso político e ideológico ao poder de mando e desmando do mercado e de megaempresários, a esquerda brasileira, sobretudo petista, colheu os frutos de seus atos em sua derrocada política e moral.
O preço de ter feito política a moda antiga, com alianças escusas e descabidas com raposas e aves de rapina da famigerada oligarquia foi pago com o impeachment e o inglório resultado obtido nas últimas eleições. Primando pelo “toma lá, dá cá”, negociando cargos e verbas, alinhando e submetendo seu discurso político e ideológico ao poder de mando e desmando do mercado e de megaempresários, a esquerda brasileira, sobretudo petista, colheu os frutos de seus atos em sua derrocada política e moral.
A elitista golpista e
destituída de qualquer caráter e critério ético e moral se viu imbuída da
missão de privatizar ganhos e privilégios, enriquecendo o próprio bolso e
empobrecendo de vez a nação. É mil vezes preferível entregar nossos recursos
para os gringos do que deixá-lo na mão dos políticos corruptos e do Estado
devasso.
O neoliberalismo econômico e o conservadorismo político levou nossa classe média ao delírio, e o povo, como num surto hipnótico coletivo foi arrebanhado por uma legião de sanguessugas e vampiros, lobos em vestes de cordeiros. Através de mensagens e imagens negativas, baseadas em mentiras (fakenews), reproduzidas à exaustão no púlpito e pela mídia conseguiram convencê-lo que o maior problema da nação era apenas um: Luis Inácio Lula da Silva do PT.
O neoliberalismo econômico e o conservadorismo político levou nossa classe média ao delírio, e o povo, como num surto hipnótico coletivo foi arrebanhado por uma legião de sanguessugas e vampiros, lobos em vestes de cordeiros. Através de mensagens e imagens negativas, baseadas em mentiras (fakenews), reproduzidas à exaustão no púlpito e pela mídia conseguiram convencê-lo que o maior problema da nação era apenas um: Luis Inácio Lula da Silva do PT.
O caminho para o soerguimento será árduo e pouquíssimas pessoas poderiam prever que em pleno século XXI seríamos capazes de temer o retorno a 64. A cada dia amanheço sob a tônica do pessimismo e da indiferença. Difícil acreditar e alimentar a esperança em dias melhores tendo como presidente Jair Messias Bolsonaro. A verdadeira revolução não será promulgada através de ritos, leis e passeatas, conflitos, apitos e dissensões mas sim pelo esforço diário e contínuo pela elevação de classes e consciências.
Os donos da Terra sorriem perante as profecias científicas e bíblicas, ignorando os danos e prejuízos a médio e longo prazo proporcionado pela exploração indiscriminada dos recursos naturais. Raríssimos estudos políticos, econômicos e sociais tratam de forma séria, metódica e acadêmica a nefasta influência do orgulho, da vaidade e do egoísmo na manutenção e perpetuação da violência e da miséria.
A melhoria de vida e condições de nosso povo se dará mediante a educação, a luta de classes e a libertação de consciências. O velho e carcomido discurso do “querer é poder” e da “meritocracia” serve apenas para atestar e legitimar, de forma embusteira e falaciosa, o “status quo” de uma elite ociosa, superficial e fugaz.
O auto conhecimento é, e sempre será, o antídoto contra a ignorância e a inércia. O verdadeiro inimigo reside dentro e não fora. Os políticos, assim como os donos do poder e do mercado, poderão imprimir o efeito negativo de seus atos, se recusando a dividir riquezas e multiplicando as formas de medo e opressão, mas nunca poderão controlar os nossos pensamentos.
O Brasil não é um país para principiantes, já profetizava o maestro Antônio Carlos Jobim. Difícil de ser lido, compreendido e interpretado num primeiro momento em virtude de sua dimensão continental, num segundo é forçoso aceitar o desafio de aprofundar o estudo de suas raízes, matrizes e origens. Além das diferenças geográficas, ambientais e climáticas, que resulta numa biodiversidade rica e complexa, de faunas, floras e sistemas, somos uma mistura de raças, culturas e credos. É necessário transpor o abismo da ignorância criado pela intolerância para nos libertarmos do cativeiro dos erros e preconceitos ancestrais. De que adianta a interpretação acadêmica, histórica e sociológica realizada por Buarques, Freires e Fernandes se do homem cordial ao bolsominion à uma longa fileira a ser percorrida?