quantas lágrimas contidas
num litro de cachaça
me diz quantas doenças
tem um maço de fumaça
mente envenenada
combatida por polícia
confundido com bandido
nem comando, nem milícia
sobrevivo na malícia
repetindo até piada
para ver alguém sorrindo
chorando de dar risada
a vida é macabra
um antro tenebroso
não ignoro o perigo
todo cuidado é pouco
atingi fundo de poço
vivendo no meu limite
meu passado é meu tesouro
condeno seu dedo em riste
num belo dia triste
evoquei a esperança
pedi ela pra me dar
o prazer de uma dança
como sonho de criança
liberto da realidade
despedi do desespero
despi de toda maldade
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