carrego desconfiança
várias interrogações
com dúvidas geradas
por supostas conclusões
no mundo das ambições
das relações descartáveis
as pessoas se mostram
cada vez mais vulneráveis
sonhos habitam bares
pesadelo dos lares
um homem embriagado
causa mil diversos males
pergunte aos familiares
se anseiam sua volta
ignoram sua presença
sua ausência ninguém nota
a morte enrola a nota
da vida fecha a porta
indicio de pureza
é a boca meio torta
um brinde a sua derrota
wisque fino importado
desce mais uma dose
daquele drinque mais caro
porta possante carro
como louco diverte
acredita que é o cara
diz que faz e acontece
como muitos se perdem
numa vida sem valor
já não sabem distinguir
paixão cega de amor
na presença da dor
aumenta sua fissura
sua alma é vazia
preenchida de loucura
do outro lado da rua
um demônio observa
pois sabe muito bem
o que a vida lhe reserva
postura obstinada
vale tudo pela fama
sucesso e poder
vem fácil com grana
papo de saudade
sessão de nostalgia
preso a um passado
de ilusão e fantasia
me diz quem financia
essa secular miséria
lucrando com o veneno
nos vicia na matéria
declare sua guerra
e vamos adiante
olhe para si mesmo
para o alto e avante
na vida fui xavante
um negro feiticeiro
estive com Lampião
conversei com Conselheiro
Ajudei Zumbi
no Quilombo de Palmares
hoje mando rajada
de ideia pelos ares
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