a poesia se dissipa entre as trevas
a fantasia se alimenta de pó ou ervas
alguém ao longe sua dor contempla
também o monge seu pudor sustenta
eis o perigo, o sinal de alerta
tome cuidado ao seguir a seta
velocidade coração peito acelera
insanidade na cidade dilacera
alucinados vampiros em prol da guerra
olhos vendados para o sutil paraíso...
entre os despertos o segredo é compromisso
os transeuntes que passam despercebidos
anestesiados pelos vis automatismos
viciados que escutam o mesmo disco
a repetição obsessão pela fissura
mudam-se os quadros, permanece a moldura
homem de barro na orgânica postura
matéria inerte se diverte com a cura
entre ricos a miséria esculpida
entre pobres há riqueza escondida
vela em silêncio a tristeza ou a alegria
sentimentos imanentes a própria Vida.
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