malabaristas, diaristas, motoristas,
funções exercidas pela escravizada maioria
no suor de seu rosto, o peso da saliva
sob o cansaço físico, o exercício mental
em outros planos, a dimensão espiritual
a revolta com o tráflico de drogas,
saberes ideais ocultados na forma de um paradigma
meninos e meninas que já não brincam na esquina
alguém acabou de assaltar uma padaria
na faixa de gaza tiros a luz do dia
mais um banco quebra na suiça
um palhaço anestesia o sentido da mídia
alguém ri e destroí milhares de sonhos
abortos, contorções, falsos planos
alguém nasce no palco da existência
a sua idade espiritual que revela
o conceito mórbido da selva
vive em benefício da mudança genética
dna inscrito em cada parasitária célula
recebe o conteúdo informativo como guia
vive as expensas da rotina
fantasia com delicada ternura a alegria
estimula com encanto e doçura a nostalgia
em meio a multidão enfurecida
acorrentado aos desejos consumistas
de uma sociedade patética e rídicula
com letras garrafais seduz e glorifica
os propensos ídolos globais
servidores fiéis de satanáz
trabalho árduo e competitivo
poesia traduzida como lixo
quântico, maquinal, repetitivo
iludido caminho entristecido
rostos sofridos, corações corrompidos
um minuto de sacríficio em benefício
da paz e ordem mundial
atrás de um imposto universal
pagar com amor a moeda de césar
aglutinar a dor com a salvação eterna
o medo do desconhecido que encerra
a porta de um novo mundo,
de uma nova era
com diversas teorias, ideologias e sistemas
psicologia adversa, com destreza educa,
desde cedo reza, um hábito que despreza
o raciocinio culto, vítima de uma quimera
supostas guerrilhas verbais
no espaço demarcado por animais
sorrir da desgraça e da tragédia
chorar no berço de uma nova existência
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