filosofiahindu@hotmail.com disse...
A poesia sempre embebedou-se nas fontes da loucura e do delírio, as percepções alteradas, seja por drogas - como no caso de baudelaire ( haxixe, ópio, vinho ), cruz e souza (chá de lírio,etc - ou por um divino extase de origem místico religiosa - tagore, murilo mendes, cecilia meirelles - provocam um arrebatamento que o poeta se transforma num verdadeiro Hermes, um mensageiro que se encontra na linha fronteiriça entre o que se convencionalmente chamamos de real e de espiritual. O poeta é um médium, é um ser que consegue ver além do tempo e do espaço, para ele não existem véus nem barreiras, tudo se mostra claro e límpido, as coisas se revelam de forma imediata e espontânea. A poesia é o instrumento, é sua morada, é onde ele faz vísivel, é onde ele materializa sua substância que é éterea e imutável... o espírito se corporifica... o poeta vivifica as palavras com seu ritmo e coerência. Como diria o filósofo francês Blaise Pascal: "Todos os homens são loucos e aquele que se diz são comete outro tipo de loucura". Mas não iremos nos entregar ao eufórico clima dionisiaco nietzscheano, ao contrário, iremos recorrer ao fantástico mundo abordado pelos loucos e não tentar interpretá-los mas compreender a sua unidade, única, singular e em sua percepção, perfeita, por que não?boas produções poéticas...
16
de
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Gino Ribas Meneghitti
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