Voltemos ao nosso universo de reflexões diárias. Desta vez, nada de
novo, sempre mais do mesmo. Os dias passam rapidamente e me sinto
devorado pela rotina, ligado no piloto automático e fazendo as mesmas
coisas, do mesmo jeito e da mesma forma. Tenho uma grande dificuldade de
escapar da mesmice, mas juro que tento. A falsa segurança
conquistada a duras penas por uma repetitiva rotina desgastante tem
consumido, não só minha energia, mas também meus sonhos e ideais. Não
sei até que ponto vale a pena caminhar em companhia da esperança: sofre
menos quem aceita mais. Até que ponto somos realmente responsáveis por
tudo de bom e ruim que acontece ou deixa de acontecer em nossas vidas?
Temos realmente a opção de mudarmos drasticamente o nosso destino? Muito
fácil emitir um juízo favorável quando não estamos na pele do outro,
mas quando a coisa se passa conosco tudo muda de figura, principalmente
quando passamos dos trinta anos: as responsabilidades assim como o
número de compromissos aumentam e as contas não param de chegar.
Assumimos vários papéis, e em todos eles, de forma invariável
gostaríamos de desempenhar e dar o nosso melhor. Mas nem sempre isso é
possível pois heróis só existem no universo fictício dos filmes,
desenhos e quadrinhos. Somos humanos, demasiado humanos, feito carne e
osso, com nossas fraquezas, defeitos e limitações. Se por um lado não
possuo a receita do sucesso por outro forneço rapidamente a do fracasso:
tentar agradar todo mundo. Infelizmente nem mesmo o mestre nazareno
consegui esta façanha. E assim sigo minha vida, acreditando que entre a
sede de mudar e o medo de permanecer existe a realidade e está não nos
deixa esperando pois sempre bate a porta nos convidando ao agir, nos cabe tentar fazer a melhor escolha,
sabendo que sorte ou azar só o tempo dirá.
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