tenho meu estilo
me alimento de arte
como diria tio Jack
então vamos por partes
vivendo no talento
buscando a realidade
ignoro a tristeza
ornamento desta cidade
escrevo o que penso
me sinto bem a vontade
não tenho interesse
maior do que a liberdade
cansado de mentiras
velando pela verdade
aquilo que eu quero
não quero pela metade
sempre reconhecendo
que devo me aprimorar
o diamante bruto
é necessário lapidar
a vida me ensinou
a nunca me acomodar
é difícil para mim
com pouco se contentar
assim como um rio
com o mar deve encontrar
sigo o meu destino
meu caminho vou trilhar
aquilo que está bom
sempre pode melhorar
depende da vontade
do desejo de mudar
todo dia um desafio
para poder me testar
desde a paciência
a ciência de auscultar
além das estrelas
um motivo pra sonhar
hoje preso na Terra
amanhã eu vou voar
a luz nos dá certeza
coragem pra suportar
ilumina o caminho
nada nos deixa faltar
alquimia do ensino
será fundamental
a pedra de toque
a pedra filosofal
nada deste planeta
de fato me interessa
esperar pelo seu fim
é aquilo que me resta
hoje não tem festa
nenhum tipo de ruído
o mundo despertou
seu fim será seu inicio
aquilo que eu digo
soa mal ao seu ouvido
só saber olhar pra si
e para o próprio umbigo
não basta as tragédias
as guerras milenares
milhares na miséria
ameaças nucleares
o desfile do egoísmo
no palco das vaidades
gera o surto coletivo
um deserto de miragens
me diz quantos olhares
se fecham na indiferença
surdos aos apelos
a voz da consciência
esquecem da sentença
por Deus emitida
amar o seu próximo
como a ti em vida
nada neste mundo
consegue lhe comover
apesar de ter olhos
nunca consegue ver
vivendo na aparência
uma vida limitada
pelo gozo dos sentidos
pela mente viciada
aqui não pega nada
seu doce desespero
amanheço sorrindo
perante seu pesadelo!
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