processo
prenúncio
do óbvio
anúncio
de acesso
ao ócio
perspectiva
extendida
ao nervo
óptico
vida
subjetiva
tecida
ao léu
existência
esquecida
na ida
do dono
codificadas
imagens
reflexos
sórdidos
receptores
lunares
inteligíveis
imagens
indizíveis
paisagens
físico
magno
ético
messiânico
mecânico
profético
céu
leste
abscesso
doce
beijo
obcecado
cercado
seca
cerca
seco
lago
espelho
alado
lodo
diario
diodo
doído
endoidado
endiabrado
iodo
moinho
moído
imaculado
olvido
ouvido
eu vi
o vidro
ofuscado
diamante
depreciada
gema
urra
livre
no tempo
a passar!!!!
Postado por
Gino Ribas Meneghitti
comentários (0)
Postado por
Gino Ribas Meneghitti
comentários (0)
Reina soberana supremacia da vontade no oculto vale desértico do prazer, sementes de dor são semeadas e seus frutos não tardam a nascer, em formas multifacetadas, é possível experimentar desde o indescritível sabor da angústia ao sublime sarcasmo da solidão e vazio profundos. A noite é eterna e perpetua os ritos sangrentos consagrados ao egoísmo de outrora, gritos de desespero ecoam solenemente formando uma harmônica canção mórbida e tétrica, irreflexões insistentes são projetadas continuamente revelando o aspecto sombrio e cálido do desejo impulsivo e irrefreável. Notas diabólicas de um festim decadente, cortejo sádico de máscaras com aspectos repulsivos que exteriorizam as paixões diariamente alimentadas por uma alma arcaica e profundamente doente. Conjunto de arbitrariedades sem nenhuma causa aparente, mas tudo se desenrola perante um juiz frio e inviolável, a consciência debruçada sobre si mesma banqueteia-se com os restos de uma doce decadência frívola e fugaz. Percepção de mundos e valores, pânico avassalador a aterrorizar os mais incrédulos, falsos e despreocupados com o verdadeiro sentido e valor da vida. Políticos que passaram pelo mundo despidos de ética e moralidade, que sorriram soberbamente da ignorância e inocência do povo que na urna depositava a sua despótica vontade de poder e império; assassinos frios e todos que da maldade extrema foram servos. Vastos campos solitários desenrolam-se no horizonte de uma dimensão preenchida pelo mistério, o vento ululante é um presságio macabro no terreno habitado por famigerados lobos famintos e ensandecidas hienas zombeteiras, irônica vertigem de uma vida vivida sem reflexão e busca pelo legítimo saber. Suplício de um espírito que viveu a vida em função de um poder efêmero e imaginário. Uma nuvem de morcegos sedentos de sangue consome o cenário desconfigurado e sórdida blasfêmia ecoa ao longe no abismo de dores infindáveis. O agouro místico do iniludível corvo da morte. O coração dilacerado pela ignorância esnoba nas trevas do orgulho o trabalho honrado e dignificado daqueles que os mesmos sempre consideraram como rebanho vil e pobre, quiça digno de pena. A revolta dos que lhe serviram como mero meio de realização da sua ambição desmedida e mercenária retorna como cruel flecha do destino que sempre fizeram questão de ignorar, seus sonhos não foram sequer modificados e vivem alojados no insólito pesadelo provocado por suas vis e mesquinhas inquietações, incapazes de prever o futuro permanecem reféns do medo e da discórdia. Filhos extraviados do amor, sentem em seu íntimo a presença indizível da escuridão e do terror. Cenas estranhas e bizarras avolumam-se em sua queda e sua partida iludida para um mundo melhor se transforma num martírio cínico transmutado pela sua necessidade de em vida ter optado pela guerra. Sua face gélida estremece ao pensar na possibilidade redentora de existir um Pai da Criação e seu coração não conhece conforto apenas pranto e desolação. Nenhuma aventura terrestre valeria a pena se pudéssemos por um dia contemplar este antro deplorável. É necessário entender o porque de alguém no mundo sorrir e outro sofrer. Somente assim estaremos da Verdade mais próximos.
Postado por
Gino Ribas Meneghitti
comentários (0)
A madrugada revela seus encantos sórdidos, por muito tempo é vista como má conselheira, a noite, esta perversa... no labirinto infindável de estrelas, contemplamos possibilidades adversas e alheias ao olhar comum... Noite... Não tenho como mensurá-la, és maior do que o mais belo dos oceanos... És por hora indecifrável enigma univérsico apesar de revelar e atuar ativamente nos ciclos dos mares e pr...incipalmente no escaninho invisível de nossa efêmera personalidade, sois composta de astros antropomorfos... Aqueles que ousaram perpetrar teus segredos foram humildemente aceitos em vosso meio, me lembro do visionário Tales de Mileto que foi presenteado com a primeira previsão de um eclipse matemático e perfeito... Tu que invades sem o nosso consciente conssetimento nossa vida torpe e inválida...... dias e horas inumeráveis e você soberba, vaidosamente impecável, revestida pela lua e estrelas, mesmo sabendo que seu brilho é constituído de pequenas variações mórbidas... pois já nasceram mortas as máscaras siderais que lhe revestem de doçura e beleza, e neste palácio de vontades esquecemos de reverenciar e desejar a amizade sincera de seres que habitam além de suas esferas... Venho brindar a pequena quimera chamada matéria... Possamos saber cortejar no silêncio indizível de seu aspecto noturno e sombrio a chama viva e acesa da prosperidade, o destino pequeno e sagrado de cada ser que se encontra neste momento impedido e ofuscado de atravessar livremente com força e alegria seu horizonte alado...
********************************
ma dru ga da =
DOis deGRAus da escaDA,
macomunada com granada,
sem grana nesta estrada
somente (1) grama
de uma pastagem qualquer
fortemente esverdeada...
deveras ser potente
e também envenenada
para nos deixar babando
em contacto com deus
e com o guardião exu
em uma encruzilhada
inté...
Postado por
Gino Ribas Meneghitti
comentários (0)
Fósforos riscados... Na geladeira o vazio, na pia panelas sujas e empilhadas. No chão restos de alguma coisa: somente cachaça e cigarro. Suicídio tardio, lento e necessário para perpetuarmos o mal imanente a nossa espécie. Tristeza e angústia seriam meras palavras para poder sintetizar e dizer aquilo que neste exato momento sinto. Solidão e vazio são metáforas do espírito, mas tento me acostumar ao gelo das montanhas mesmo morando num país considerado alegre e tropical. Nada de novo neste momento, apenas um autorretrato decadente do meu profundo abismo abissal... Nado contra a maré e nunca consigo distinguir o certo do errado, o que devo ou não fazer. Meu dia é uma sentença, pois acordo com a certeza de que em qualquer momento meu estômago irá se queixar e terei que saciá lo mais uma vez. Pobre órgão desfigurado, trabalho para ti, sou seu eterno servo e escravo, pelo menos enquanto caminhar e viver neste débil mundo. Me recuso a ver o noticiário e nem mesmo jornal tenho lido mais. Tudo é uma eterna repetição melindrosa de fatos corriqueiros e trágicos, intercalados por anúncios bizarros de consumo. Um convite ao mal humor e ao pessimismo, como se precisasse saber disto ou daquilo para poder sentir isto. Não busco novidades nem evolução. Chega de sempre me ver e me projetar no futuro. Não posso ser nada além daquilo que sou: um espírito encarnado na forma primária de um primata canibal. Possuímos dentes, caninos diga se de passagem, um instrumento que nos põe em prova e cheque nossa "humanidade" e "superioridade". Bem que tento buscar outra jogada, mas sinto ossos e gosto do sangue de meus irmãos menos evoluídos. Nem digo mais nosso, pois sei que cada um guarda para si mesmo sua concepção de mundo. Mesmo que nos expressemos de forma diferente é inevitável pensarmos e agirmos a partir de nós mesmos, com nossos receios, medos e anseios. O mundo é para ser interpretado e não posso permitir ao meu pequeno eu querer ser o único portador de todas esta verdade existente. A beleza existe na matéria, principalmente quando me divirto com ácidos e psicoativos. Vejo super potencializados todos os sentidos e me descubro nesta contemplação totalmente desinteressada, superficial e fugaz, caso queira ficar preso ao critério do tempo. Mas sua dissolução me remete ao espaço e todo sentimento reprimido assim como a chama viva do instinto vem a margem respirar. Sei que devo tentar manter as aparências e todas as formalidades mas sempre caio na mesma pegadinha infame do destino pois ainda não ultrapassei as fronteiras macabras de nossa animalidade ancestral. Macacos e vampiros se deliciam ao me ver apavorado e totalmente desprevenido, principalmente quando meus atos não fazem jus a uma divina assistência espiritual. Desprotegido e aberto vejo de perto o quanto somos portadores da mais lastimável miséria e sarcasmo. Por outro lado não poderia deixar de relatar a espiritualidade latente que se manifesta de forma irrefreável. Impossível não se render ajoelhado aos pés do pai da criação. Nunca iremos conseguir através de um simples relato exprimir o inefável. Somente um louco seria capaz de acreditar que nossa arte, por mais sublime que seja, irá conseguir um dia se aproximar deste êxtase místico, catártico e surreal. O mundo é um mistério e após desvelar alguns véus percebemos que somos assistidos por deuses alegres e divertidos, quiça infernais que dançam desenfreadamente e nos convidam a nos despirmos de nossas máscaras e rasgarmos com destemida coragem este refúgio da covardia e da ignorância. Mas desejamos carne e possuímos vontade de realizarmos nosso mais intimo desejo no aqui agora. A paciência realmente é uma virtude e as nossas escolhas nos servem como espelhos, até mesmo como modelos de tipos conhecidos e cruciais para nossa sobrevivência enquanto prisioneiros errantes deste universo astral. Nada que já não tenha sido dito, refletido e metodicamente analisado. Apenas o retrato de um desconhecido basta para nos sentirmos um pouco mais humano e porque não, integrado e com algum sentido que faça realmente valer a pena esta pequena e transitória jornada terrena.
Postado por
Gino Ribas Meneghitti
comentários (0)
GUERRA
Depois da queda
do muro supremo
divisão do mundo
sofreu um arremendo
o muro de berlim
derrubado impunemente
ainda hoje é símbolo
dos tempos presentes
representa euforia,
fim da guerra e vitória
alívio para os eua,
para o império desforra
muitos pensaram ingenuamente
que a guerra teve um fim
mas mesmo assim
eu lhes asseguro
sofreram um impacto
rude duro e obsucuro
somente o tempo
iria ser capaz de dizer
quanto é a fome
a sede de poder
de vinte e três anos
para cá
fico a pensar
na riqueza escondida
neste lugar do mundo
que virou palco de guerra
motivos absurdos
sempre a mesma justificativa
o sistema defende
dissemina
infundada teoria
pense bem
meu irmão
no que eu vou falar
nos países do mundo
que agora vou citar
que a todo instante
os eua insistem em atacar
irã iraque afeganistão
arábia saudita kwait paquistão
geórgia armênia turquia
(neutros ou aliados não importa
é o mesmo cenário)
(neutros ou aliados não importa
é o mesmo cenário)
jordânia líbano "israel*" e síria
(israel tem interesse tbm)
(israel tem interesse tbm)
você estudou um pouco de geografia?
senão repare e perceba
mesmo pedaço de terra
as mesmas riquezas...
petróleo, urânio ganância
para dominar o globo
e matar a esperança
reféns da ignorância
abram o mapa mundi
e leiam recente história
palco de tragédias
ironias e glórias
defendidos por seres destemidos
bin laden foi mero protagonista
mas vários ainda lutam
por suas ideologias
não é só religião
nem puro fanatismo
são terras sagradas
de um povo sofrido
querem a paz
também querem o amor
mas se for preciso
entregam a vida pela dor
de se verem coagidos
invadidos e desrepeitados
em seus direitos civis
humanitários e básicos
um povo oprimido
não pode recuar
tem que ter força pra vencer
armas para amendrontar
tentar fazer recuar
o seu adversário
que se mostra truculento
fraudulento e bárbaro
vamos pesquisar
tentar entender
o porque da guerra
sempre se extender
e nunca ir além
destes alguns países
talvez ali reside
o suporte do crime
para comandar
é preciso controlar
todas as bombas nuclear
e as energias
que num futuro próximo
com certeza irá faltar
me dê outro motivo
procure outro critério
milhares de inocentes
sem direito ao cemitério
proderia escrever um artigo
humano, religioso e cientifíco
mas faço apenas um convite vulgar
tenter compreender
a desumana chacina
contra os fiéis de alá...