Vivemos numa era marcada pela presunção? Pela angústia? Que era? O que é uma coisa moderna? O abestado no plenário ou uma carne sendo vendida no mercado? Somos portadores de uma doença incurável, impossível contemplar feliz e de bom grado um pássaro engaiolado. Somos vítimas e algozes da loucura mas nos contentamos com as migalhas do hedonismo e do prazer proporcionado pelos sentidos... sois suas vestes, seu trabalho e o escárnio sórdido do esquema publicitário. Quem terá a ousadia de arrotar uma guerrilha verbal? O demagogo, o político, o místico ou um ser inclassificável? Vejo bordões ultrapassados, ouço imagens de um diagnóstico pré fabricado, até quando seremos responsáveis pela irresponsabilidade de não assumir a dor alheia? Escrevo para eruditos, pedantes e falsos idólos, mas me diga quem pagou a sua universidade? Licenciatura? Reverter para as vítimas do sistema (que nos bancaram) o que eu aprendi? Nunca será... É, precisamos mesmo usar óculos... pelo menos assim nossa caveira assume um ar interessante. Enfeites, por sexo ou por pura vaidade... Quanto vale para ti o valor sincero e singelo da amizade? O número que enfeita o cabeçalho do seu orkut, ou será que realmente todos que estão inseridos no seu facebook? Gostaria de quebrar uma vidraça, pegar a bola do time adversário e furá-la. Onde está o sentido enigma da vida? No nosso interior? Mas temos medo e desejamos a competitividade, me diga quem foi o primeiro, o melhor da sua classe? A sociedade tem medo de artistas preferem aqueles que se adaptam de forma inconsciente e frívola aos moldes herdados por uma estrutura fria e rígida. Será a religião o ópio do mundo? Será que não podemos ser aquilo que realmente somos, loucos e surdos? Me diga onde estará o seu tesouro pois lá estará seu coração... Abrace o seu ego com carinho, é preciso sim ser si mesmo para poder carregar no peito uma vontade transcedental de mudança. Me diga que você deseja a abastança pois até mesmo nos redutos esquerdistas eu prevejo o desejo oportunista. Estamos mortos na senzala dos desejos, me diga o que queres, eu lhe dou o preço... é isto e mais nada... o resto é bobagem e fantasia, não repare nos meninos que passam a sua infância na esquina... seja indiferente, tolo e selvagem o que vale realmente é a sua cultural bobagem... não pense que pertencestes a humanidade, o que importa é a sua íntima e egoísta felicidade... seja isso, queira aquilo e se possível grite seu nome nos holofotes pois até artistas se transformam em pavões... na selva o que vale é a lei do mais forte, seja no sul, ou seja no norte, a geografia ainda está viva e suas fronteiras são bem delimitadas, não queira pousar no oriente, queira os refinados sepulcros caiados do ocidente... brutal dissonância no país em que o vaticano em 60% de nossas terras ainda manda... políticos são marionetes e as construtoras, empreiteiras , vão bem obrigado... mídias sociais eclodem e fico feliz quando escrevo de forma livre e espontânea para os famigerados e famitos de conhecimento... quero mais é que os acadêmicos se danem... oxalá nos abençõe!!! Um brinde a cachaça e ao tabaco! As maiores invenções do mundo! TIM TIM
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Gino Ribas Meneghitti
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não tenho amores
na memória
escondidos
nem comungo
de um mundo ideal,
dito metafísico
sou apenas
mais um
ser-no-mundo
tentando ser mudo
projeto inconsciente
nos outros
minha imagem
estou na infância
respirando outros ares
é a insatisfação comigo
que me une ao verbo
exteriorizar a dor imanente
através de um verso
poeta é aquele
que escreve poesia
independente da palavra,
de sua matéria prima,
a dor é alegria disfarçada
para o sábio o tempo
nunca por ele passa
deveras esperar
sempre o inevitável:
a morte,
o calor do último trago
a xícara de café oculta
o promíscuo instante
decifrar os mistérios
da existência
através dos extáticos
livros da estante
instante, estante,
quanto tempo levei
para poder rimar
num segundo apenas
um neurônio a queimar
somos livres pensadores
ambulantes
sem hemisférios,
ou língua predominante
o que vale na hora h
é a poesia sincera
pensar é uma arte
transcedental
nestes tempos de exercício
virtual
é só isso,
que interessa
o resto é
pura demagogia!
na memória
escondidos
nem comungo
de um mundo ideal,
dito metafísico
sou apenas
mais um
ser-no-mundo
tentando ser mudo
projeto inconsciente
nos outros
minha imagem
estou na infância
respirando outros ares
é a insatisfação comigo
que me une ao verbo
exteriorizar a dor imanente
através de um verso
poeta é aquele
que escreve poesia
independente da palavra,
de sua matéria prima,
a dor é alegria disfarçada
para o sábio o tempo
nunca por ele passa
deveras esperar
sempre o inevitável:
a morte,
o calor do último trago
a xícara de café oculta
o promíscuo instante
decifrar os mistérios
da existência
através dos extáticos
livros da estante
instante, estante,
quanto tempo levei
para poder rimar
num segundo apenas
um neurônio a queimar
somos livres pensadores
ambulantes
sem hemisférios,
ou língua predominante
o que vale na hora h
é a poesia sincera
pensar é uma arte
transcedental
nestes tempos de exercício
virtual
é só isso,
que interessa
o resto é
pura demagogia!
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Gino Ribas Meneghitti
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meus sonhos
foram diluídos
pela necessidade
de pagar os impostos,
os dizímos da liberdade
gostaria de neste instante
por um segundo levitar
acima deste humano horizonte
o espírito contemplar
infelizmente em meus versos
consagro o pessimismo
a lucidez do desencanto
é um eterno farol íntimo
no rol das preocupações humanas
destaco a vaidade
no palco da existência
vários atores
e quase nenhuma
pessoa de verdade!!!
foram diluídos
pela necessidade
de pagar os impostos,
os dizímos da liberdade
gostaria de neste instante
por um segundo levitar
acima deste humano horizonte
o espírito contemplar
infelizmente em meus versos
consagro o pessimismo
a lucidez do desencanto
é um eterno farol íntimo
no rol das preocupações humanas
destaco a vaidade
no palco da existência
vários atores
e quase nenhuma
pessoa de verdade!!!
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Gino Ribas Meneghitti
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hoje escrevo
com as mãos engessadas
preconceito de ser um bandido
poeta lírico com endereço fixo
e hábitos acorrentados
a rotina é uma deusa pervesa
que com destreza adestra
e domestifica os humanos animais...
sou um relés mortal a ansiar
por desventurada liberdade,
num solo de aves de rapinas,
empresários, banqueiros e estelionátarios,
da frágil carne humana fresca
sou a decomposição
de uma sociedade desajustada
conspiro para que tudo acabe em cinzas,
ou desague num rio de lágrimas
sou o afugentado da senzala
a dois mil anos
pedindo sua carta de alforria
sou a tiazinha afogada
no corrego podre do gueto
sou o viciado,
deliquente fudido
a contemplar as fezes podres
que boiam na superficie do rio
sou o sanguinário
a derramar sangue
no dia de amanhã
sou a fada madrinha
que realiza a luz do dia
seus mais pérfidos
e íntimos desejos
sou um zé ninguém
a vociferar bestialidades
um irrísivel pigmento
a definhar sua sórdida carne
sou o vício incontido
do louco mendigo faminto
o escárnio maior
da sociedade capital
o verme autoritário
na esquina a lhe dar geral
sem ao menos poder lhe ver
como mais um igual
o ser desnutrido alheio
a comodidade brutal do sistema
lavo minhas louças divinas
na pia maniqueísta do dilema
o dia dia é meu hino de louvor
a um deus refugiado pelo diabo
sou o pobre comunista a sorrir
de um verso anarquista no muro pixado
eu sou o verso pobre e vil
recitado na periferia
de uma cidade mineira
o bebâdo de cachaça,
o bobo da corte,
que é desprezado
a torto e a direita
eu sou o sonho
de um poeta divagador,
eu sou o desejo renascentista
de um versado e por que não,
jurídico doutor
sou espelho incoerente
do outro que me vê
e sempre me viu
como vil demente
com as mãos engessadas
preconceito de ser um bandido
poeta lírico com endereço fixo
e hábitos acorrentados
a rotina é uma deusa pervesa
que com destreza adestra
e domestifica os humanos animais...
sou um relés mortal a ansiar
por desventurada liberdade,
num solo de aves de rapinas,
empresários, banqueiros e estelionátarios,
da frágil carne humana fresca
sou a decomposição
de uma sociedade desajustada
conspiro para que tudo acabe em cinzas,
ou desague num rio de lágrimas
sou o afugentado da senzala
a dois mil anos
pedindo sua carta de alforria
sou a tiazinha afogada
no corrego podre do gueto
sou o viciado,
deliquente fudido
a contemplar as fezes podres
que boiam na superficie do rio
sou o sanguinário
a derramar sangue
no dia de amanhã
sou a fada madrinha
que realiza a luz do dia
seus mais pérfidos
e íntimos desejos
sou um zé ninguém
a vociferar bestialidades
um irrísivel pigmento
a definhar sua sórdida carne
sou o vício incontido
do louco mendigo faminto
o escárnio maior
da sociedade capital
o verme autoritário
na esquina a lhe dar geral
sem ao menos poder lhe ver
como mais um igual
o ser desnutrido alheio
a comodidade brutal do sistema
lavo minhas louças divinas
na pia maniqueísta do dilema
o dia dia é meu hino de louvor
a um deus refugiado pelo diabo
sou o pobre comunista a sorrir
de um verso anarquista no muro pixado
eu sou o verso pobre e vil
recitado na periferia
de uma cidade mineira
o bebâdo de cachaça,
o bobo da corte,
que é desprezado
a torto e a direita
eu sou o sonho
de um poeta divagador,
eu sou o desejo renascentista
de um versado e por que não,
jurídico doutor
sou espelho incoerente
do outro que me vê
e sempre me viu
como vil demente
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Gino Ribas Meneghitti
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Nasci das entranhas do mundo
Pertenço a selva dos instintos
sou animal poeta incompreendido
estereótipo de um tempo caduco
serei lúcido ou maluco, abissal
desconfigurado pelo mundo dito real
pertenço a classe dos nobres
que mora no centro da periferia
o rebelde político inconformado
com a ditadura imposta pela rotina
o débil verme enclausurado
no limite de sua crença metafísica
idiota ou anjo alado,
serei sempre classificado
o que importa neste momento?
se para a morte remeto o meu aceno?
Pertenço a selva dos instintos
sou animal poeta incompreendido
estereótipo de um tempo caduco
serei lúcido ou maluco, abissal
desconfigurado pelo mundo dito real
pertenço a classe dos nobres
que mora no centro da periferia
o rebelde político inconformado
com a ditadura imposta pela rotina
o débil verme enclausurado
no limite de sua crença metafísica
idiota ou anjo alado,
serei sempre classificado
o que importa neste momento?
se para a morte remeto o meu aceno?
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Gino Ribas Meneghitti
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meu coração pela dor dilacerado
é um órgão sem cor e sem vida
respiro neste instante monotonia
em meio ao tumulto desta selva fria
prevejo um destino cruel e sarcástico
enquanto formos vítimas do descaso
sinto a aurora cabalística do fim dos tempos
em que seremos outros, menos certos
previsível ordem instaurada pela estado
nos oprimem pela força do relógio e do calendário
bato ponto no necessário livro da vida
desperto no silencioso martírio dos suicidas
participo das rezas e quermeces do cotidiano
refletindo sobre o poder do riso e do pranto
estes estados de alma que nos alucina
o poder narcórtico e anestesiante da bebida
nesta noite em que o encanto é pura nostalgia
me resta somente o apelo inocente da magia
na espiritual certeza da verdade adormece
os sonhos de uma vida pura, celeste!
é um órgão sem cor e sem vida
respiro neste instante monotonia
em meio ao tumulto desta selva fria
prevejo um destino cruel e sarcástico
enquanto formos vítimas do descaso
sinto a aurora cabalística do fim dos tempos
em que seremos outros, menos certos
previsível ordem instaurada pela estado
nos oprimem pela força do relógio e do calendário
bato ponto no necessário livro da vida
desperto no silencioso martírio dos suicidas
participo das rezas e quermeces do cotidiano
refletindo sobre o poder do riso e do pranto
estes estados de alma que nos alucina
o poder narcórtico e anestesiante da bebida
nesta noite em que o encanto é pura nostalgia
me resta somente o apelo inocente da magia
na espiritual certeza da verdade adormece
os sonhos de uma vida pura, celeste!
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Gino Ribas Meneghitti
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Nesta noite a lua chora
de forma silenciosa
a ausência de seus filhos
perdidos nas vielas escuras
e sombrias do insano vício
Nesta noite caem estrelas
de planetas inumeráveis
habitantes do universo
dos sistemas solares
diante deste enigma
contemplo o mistério
que se finda na esfinge
ou na lápide do cemitério
tudo neste mundo
é ilusório e efêmero
menos nosso ato
e o puro pensamento
de forma silenciosa
a ausência de seus filhos
perdidos nas vielas escuras
e sombrias do insano vício
Nesta noite caem estrelas
de planetas inumeráveis
habitantes do universo
dos sistemas solares
diante deste enigma
contemplo o mistério
que se finda na esfinge
ou na lápide do cemitério
tudo neste mundo
é ilusório e efêmero
menos nosso ato
e o puro pensamento
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Gino Ribas Meneghitti
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meu verso
é um ato incerto
as vozes roucas,
loucas e tolas
comungam comigo
seus ideais
as vidas sofridas,
de fato caídas
são minhas
porções ancestrais
se o que disse é pouco
quanto tem de troco
o servo da ingratidão?
mas se sorrires ainda
com a alma aflita
em meio a escuridão
estarás sendo sincera
deveras modesta,
em sua oração
peregrino do mundo
o olhar tarciturno
é digno de razão
como o ato covarde
que cruamente se debate
nos túmulos da irreflexão
é um ato incerto
as vozes roucas,
loucas e tolas
comungam comigo
seus ideais
as vidas sofridas,
de fato caídas
são minhas
porções ancestrais
se o que disse é pouco
quanto tem de troco
o servo da ingratidão?
mas se sorrires ainda
com a alma aflita
em meio a escuridão
estarás sendo sincera
deveras modesta,
em sua oração
peregrino do mundo
o olhar tarciturno
é digno de razão
como o ato covarde
que cruamente se debate
nos túmulos da irreflexão