na calma inabalável
de um monge operário
caminho meditando
caminho meditando
muito além do necessário
pois quem corre perigo
sempre anda com cuidado
agindo com cautela
pois sabe ser observado
agindo com cautela
pois sabe ser observado
se Deus está na frente
o inimigo está do lado
o vaso é divino
mas o espírito opaco
o caminho é difícil
o vaso é divino
mas o espírito opaco
o caminho é difícil
no inicio se encontrar
mas depois de algum tempo
valeu a pena tentar
admito que preciso
no momento de ajuda
revelo minha fraqueza
renovando minha luta
sigo identificando
nomeando o inimigo
nomeando o inimigo
mapeio o interior
confrontando meu conflito
como pude ser tão cego
refém da tola vaidade
ao invés de assumir
projetei minha imagem
criando um personagem
numa atitude ingênua
tentando me proteger
aumentei o meu dilema
criando um personagem
numa atitude ingênua
tentando me proteger
aumentei o meu dilema
agora estou confuso
observando calado
digerindo os meus restos
perdido no próprio rastro
perdido no próprio rastro
sem acelerar na curva
ou atropelar alguém
quem sempre esteve comigo
nem sempre quis o meu bem
então porque amigo
irá se perder de si
se é tudo que tu tem
não tem como mais fugir
preferível encarar
consigo se encontrar
olhar e refletir
se prepare pra mudar
pois a vida é uma flecha
um dia vai te acertar
ouça a voz da consciência
te convida ao despertar
quem quer chegar na frente
se antecipa do passado
evita olhar para trás
o futuro segue rápido
pela estrada da dor
muitas vezes questionei
por que sempre encontrava
aquilo que procurei
quantas vezes evitei
pro outro lado passei
meus deus quantos perigos
avisos ignorei
quantas vezes sorri
quantas vezes chorei
a dor que evitava
foi a dor que encontrei
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