Latentes Viagens

Este espaço é um experimento aberto, amplo, intuitivo e original. Liberto das amarras acadêmicas, sistêmicas e conceituais, sua atmosfera é rarefeita de ideias e ideais. Sua matéria prima é a vida, com seus problemas, desafios e dilemas. Toda angústia relacionada ao existir encontra aqui seu eco e referencial. BOA VIAGEM!

 
O mundo e sua ânsia consomem meu tempo, precioso resquício escorre por entre os dedos, a preguiça deita-se confortável no sofá, erguem-se mundos, diluem-se paredes, fronteiras, arrebatado viajo, o pensamento divaga, enovela, ergue-se, majestoso, na cadência rítmica das auroras, dos mil trajetos labirínticos, infindáveis, consola-se perante si mesmo, o dia começa sob o bramido incontinenti do vício, acendo um cigarro, sentado, observo, o sol se anuncia, seu brilho, assim como seu calor, vem ao meu encontro, remeto um aceno, tímido, lavo o rosto, mal acordo, cheiro de café, pressinto a inspiração, medito, escrevo, analiso, reconto meus dias, revejo minhas conquistas, minhas derrotas, minhas vitórias, meus medos, meus projetos irrealizáveis, o desejo de voar, de se equiparar a si mesmo, distante, durmo, reencontro de pesadelos, sonhos inatingíveis, partícula microscópica do cosmos, lampejos de lucidez, rumores da realidade, os sons do universo alcançam meu quarto, sombrio adormeço novamente, para despertar com as panelas, os vermes, o almoço, a ventilação escassa, o calor insuportável, aproxima-se o meio dia, a meia palavra, a meia sombra, o tilintar de versos agourentos, místicos e sistemáticos, a matemática indelével do universo, a geometria linear das concepções psíquicas, exploram e preenchem os espaços da minha mente, espírito dos novos tempos, subjetiva miragem, imagem das projeções futuras, dos astros ancestrais, na inércia incompatível dos parasitas, o fetiche impune de todas as listas, pistas e remédios, tédio, sabor de fel, tristeza insana, felicidade profana, triste necessidade, aliar hábito, pesquisa e crédito, respeito, amor e silêncio, ouço a voz do mundo, ressurge a esperança, vaga, indecisa, medrosa, nula como toda força que emerge, no vazio profundo é me revelado os mistérios do mundo, num único segundo adentro este recinto, mórbido, fantasmagórico, tardio, pressinto novos tempos, novas eras, novas paisagens, miragens e relvas, a natureza despe-se das pretensões, a presunção carinhosamente me afaga, hálito doce, bafeja o vento de agora, do eterno presente, vinculado ao espaço, estreito compasso, permito-me avaliar a extensão dos meus desejos, a intensidade dos seus impulsos, engulo com ferocidade os alimentos oferecidos, ofertados, sou eu quem também os recebe, na incoerência ímpar de existir, dormir e acordar, entre o ver e o escutar, novamente se espreguiçar, tudo recomeça, o cheiro, o sabor, o credo, a crença, a fé e o mistério, segredo, revela-se oportuno, mágico, encanto, pereço no tempo, fabrico ideias, anestesio as palavras, vocifero com destemida ousadia verdades, e a mentira, há tanto tempo velada deleita-se perante meu cérebro, sou perspicaz, astuto, valente, sinto o mesmo medo, anseio desta gente, sofrida, calada, que passa despercebida, que tem quase nada, o vento sopra sentido universal, no mundo coisa, mais um igual, abissal, argila pela vida sendo moldada, espírito eterno cristalizado, aperfeiçoado pelas pegadas, pelos rastros, os desvios, as alterações aleatórias de rotas, traço planos, forjo metas, para viver imune no decadente cenário, sou filósofo, sou besta, sou fera, sou a voz insatisfeita do poeta, respiro verdade, indecisão, vontade de dizer sim, vontade de dizer não, sou a eterna repetição melindrosa dos fatos, sou a conspiração covarde dos dados, os atos presentes, futuros e passados, estou ao hoje, ao agora, acorrentado, preso por convenções, liberto pela preguiça, a nova virtude dos fins dos tempos, o clima cálido do momento, onde está, por quem procura, ela se mostra nua e crua, afia-se o machado na colina, o cerol corta a pipa da agonia, o retirante ordenha o leite coisa, para envia-lo para a caixa máquina, no cortejo solene de brinquedos, o destino é um presságio alheio, na cobiça desmedida da ganância, o ferro fere, mata, marca e desmanda, a ciência é uma ferramenta a serviço, dos homens de perfil conhecido, nada sabem dos confins da terra, do inicio do mundo e das suas guerras, prolifera a endêmica necessidade de se mostrar, o outro é aquele a quem devo provar, agradar, adular, se outro eu não me agrada, a mim mesmo no instante, me basta, arrasta consigo o tempo, os sonhos, os loucos aguardam o amanhecer, anoitece o dia de minha alma, adormece a sensação de bem estar, abraços, beijos, segundos, tudo tem um recomeço constante e mudo, a cela carne anela liberdade, transito dual de opostos, singelo beijo despede-se da arte, belamente composta por partes, frágil, a carne sangra, sacrifício destinado a aplacar a ira dos deuses, quermesses do cotidiano, profusão de ritos, lisérgicos desatinos, líricos cantos descabidos, processos ardentes por dentro queimam, papéis, cordéis, pastéis, no último segundo do segundo tempo o gol, o grito, a euforia, a partícula desvincula-se de sua origem, princípio metafísico do ócio, do óbvio, sacrilégio, privilégio de algum ser extra terreno, que passeia livre pelo espaço, corta o céu da abstração, a vida agita-se em devoção, alguém trabalha arduamente para contemplar seu sonho realizado, mais um eu outro sendo superado, adestrado, com mimos, carinhos e afagos, a corrente desastrosa dos fatos, ratos furtam o farto banquete da humana selva, alguém cria o metafórico dia da alegria e felicidade suprema, no jardim da fantasia extrema, rio, não sei mais o que sinto, apenas vou, e vamos, agora...    
 

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GINO RIBAS MENEGHITTI

Admiro todas as pessoas que ousam pensar por si mesmas.

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Frases de Albert Einstein

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.

O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.

A imaginação é mais importante que o conhecimento.

Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.

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