idêntica identidade identifico
consumido pelas ânsias,
intempéries dos tempos idos
a solidão oceânica dos pacíficos
a dimensão invisível dos conflitos
numa serena engrenagem cósmica
os cravos enfeitam as rosas
os dias que passam passivos
na cadência da noite ritmos
soluços, choros e gemidos
anjos, bestas e vampiros
demônios, algozes expiam
fábrica de débeis sacrifícios
a paz que nasce morta
a boca que fica torta
a mente que se glorifica
o pão que não se partilha
a poesia que não se recita
a prece que não vivifica
a tônica do intimo pesadelo
o fim de todo segredo
nada resta além de uma porta
na chave interna está a resposta
tudo muda de dentro pra fora
no limite da dor que sufoca
no peito que vazio chora
no alívio de uma profecia
se realiza o furor imediato
nada como o eterno
e o indecifrável
para dilatar o inevitável...
1 comentários:
Show!
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