"A Carne é fraca" foi um documentário produzido no intuito de conscientizar as pessoas sobre os malefícios decorrente do uso abusivo dos alimentos de origem animal. Afim de alertar sobre a importância em não ingerirmos carne, um grupo de pessoas, entre eles cientistas, estudiosos e intelectuais, se reuniram e resolveram expor alguns argumentos a favor de uma mudança em nossa dieta alimentar.
Este documentário é um convite a auto reflexão a respeito de um hábito adotado por nós milernamente e repassado passivamente através de uma herança cultural irrefletida.
Se quisermos habitar um planeta melhor, com certeza, o primeiro passo será deixar de ingerir carne. O primeiro e principal argumento, na qual é fundamentado todo o documentário, é discutido de forma interdisciplinar e sob vários aspectos desde os metódos utilizados na criação das aves, suínos e bovinos até a forma como os mesmos são sacrificados.
Os animais que servem a este tipo de "produção" são meros objetos a serem comercializados sem nenhum fim ambiental ou de ligação sócio afetiva. Reduzidos a meros artigos a serem incluídos em nossas refeições diárias, nos esquecemos da esfera espiritual que nos envolve, nos convidando a vivermos de forma mais humana ou seja mais humanitária. Ao comermos carne, abrimos mão de nossa humanidade. Um dos exemplos típicos citados vale a pena reproduzir o questionamento de um estudioso: se uma criança, morrendo de fome, ficar trancada com um coelhinho e uma maça, a mesma vai comer direto a maça e depois brincar com o coelhinho, ou seja, não faz parte da natureza humana a fórmula "animal=alimento".
Não podemos mais maltratar e relegar os animais para um plano inferior pelo simples fato deles não terem como reagir aos maus tratos impostos por nós. Toda vez que comemos carne estamos dizendo sim ao indiscriminado modo como os mesmos são mortos e tratados. Não são meros animais, mas sim produtos a saciar nossa débil fome de poder.
Numa ligeira comparação entre o número de bovinos e de humanos existentes na amazônia é possível constatar de forma quantitativa, as toneladas e litros de pasto e água, respectivamente, necessários para manter a população bovina.
Não comer carne, além de simbolizar um ato a favor da vida, também significa preocupar-se com os recursos hidrícos que já estão escassos no planeta. Litros e mais litros de água são necessários para que porcos, bois e aves sejam devidamente alimentados, sem falar na quantidade de soja e nos produtos primários existentes na composição química das rações.
Os pastos utilizados na criação bovina poderiam ser destinados ao plantio de cereais e no incetivo à expansão da agricultura. Uma alimentação rica em legumes, frutas e verduras, além de representar saúde, significa um acréscimo na qualidade de vida do planeta como um todo.
Sabe-se que o processo de digestão bovino implica na emissão de metano no meio ambiente através de suas flatulências...
Podemos abordar este assunto pelo viés econômico, geográfico, biológico e social:
* com a diminuição de áreas destinadas ao plantio de soja e redução do desmatamento em função da expansão da área destinada à pecuária poderíamos implementar um projeto que vise o crescimento da agricultura familiar de forma auto sustentável, gerando empregos e dinamizando o processo da reforma agrária;
* uma alimentação a base de carne, além de reduzir a expectativa de vida e de alterar o processo de absorção de proteínas pelo organismo provoca toda uma alteração em nosso psiquismo, visto não sermos somente matéria e sim espíritos, logo as emoções experimentadas pelo animal no ato de sua morte serão novamente vivenciados por nós, ou seja, toda aquela angústia, desespero, medo e tristeza irão aflorar no momento em que ocorrer a digestão. A digestão, por outro lado, só ocorre após dois dias a ingestão, pois a carne deve primeiro apodrecer para depois passar pelo sistema digestivo.
Uma das cenas mais marcantes, com certeza, é a forma como são tratados os bezerrinhos machos que serão destinados a enriquecer o mercado com a carne de vitelo. Esta carne é produzida artificialmente, ou seja, o bezerrinho, além de ser criado em plena escuridão, é amarrado ( pois o movimento faz com que a carne perca sua qualidade) e tratado somente com leite num espaço irrisório que só lhe permite ficar deitado. É um ato de extrema covardia que deveria ser condenável por todos os habitantes do planeta.
Leia este artigo e veja o que pensa um grupo de empresários argentinos e brasileiros:
"Segundo o presidente do Instituto Rosenbusch, Dr. Rodolfo Balestrini, a proposta é produzir uma carne diferenciada em parceria com pecuaristas do Estado para atender um nicho específico de consumidores europeus, em especial os espanhóis. Uma das demandas é por carne de vitelo, ou seja, bezerro de leite cujo abate acontece entre 8 a 10 meses – conforme a nova legislação européia.
Conforme Tereza Cristina, todo o processo se daria através de parcerias: cria/terminação/acabamento – abate – exportação. “Viabilizar uma atividade econômica dessa grandeza é uma excelente oportunidade para o nosso Estado. Isso não é poesia, é business. Sem dúvida é um excelente negócio para a classe pecuária”, sugere a secretária ao ponderar que: “a demanda existe, precisamos agora formar um grupo de fornecedores”.
Os empresários também puderam conhecer a Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Novilho Precoce, onde tiveram a oportunidade de conhecer um caso de sucesso de aliança mercadológica. Fundada há 10 anos por produtores que investiram na produção de carne de excelência, e com atuais 218 associados, toda produção do grupo é comercializada através do Programa Garantia de Origem (G.O), da Rede Carrefour. Atualmente 50% da carne G.O comercializada no mercado nacional é produzida pelo Novilho Precoce MS. Ano passado, o grupo abateu 48.369 bovinos, dos quais 88,33% foram classificados no Programa G.O. "
DIGA NÃO A CARNE DE VITELO, AO BABY BIFE!!!
Acredito não ser necessário discorrer sobre os benefícios de inserirmos frutas, legumes e verduras em nosso cardápio... Desejo a todos: boas reflexões!!!