Poderia ser o chamariz de algum circo, promovendo
sua mais nova atração, mas tal habilidade pode ser facilmente constatada em
alguns juristas, políticos, jornalistas e empresários brasileiros. Um majestoso
show de pirotecnia, onde fascinantes faíscas incandescentes e incendiárias são
lançadas, mas suas vítimas são bem reais. Atingindo desde os grandes
representantes da indústria de alimentos até um time de segunda divisão que
perdeu grande parte de sua receita por ter contratado o açougueiro, digo,
goleiro Bruno, conhecido por apreciar carne fatiada e nas horas vagas,
apresentar uma grande número de mágica: “ocultação de cadáver”. Boa!
A lista do Janot é “vazada” e veiculada de forma bem menos arriscada e embaraçosa do que a negociação promovida por um grande time interessado na compra de um famoso jogador de futebol. Sem contar a vantagem do informante ser preservado sob o manto do anonimato e do que, no meio jornalístico, convencionou-se chamar de “entrevista coletiva em off”. Se por um lado a fonte é protegida, por outro gera o mínimo de incertezas e desconfianças, seja pelo teor das acusações ou pelo peso das consequências, que são sobretudo políticas, para não dizer partidárias e pessoais.
A operação Lava Jato faz três anos e seu aniversário será comemorado ou lamentado, do mesmo jeito e da mesma forma, nos mesmos bairros, ruas e endereços, nos restaurantes ou iates (será?) mais bem frequentados (?) do país, em especial nas capitais do Rio, São Paulo, Distrito Federal e Paraná com direito a vinho, uísque e champanhe, sem citar os canapés e os acepipes mais finos e sofisticados.
Mesmo diante das inúmeras manifestações de protesto realizadas nas principais capitais e cidades do interior do país, o desejo de grande parte dos meios de comunicação era que a reforma da previdência pudesse passar despercebida e silenciosa, pequena e sem importância. Os principais jornais e emissoras, tanto escritos como televisionados, optaram por abordar outros temas e assuntos, nas edições e editoriais que seguiram ao desenlace. O pacote de maldades será sentido por nós e principalmente pelas futuras gerações, que terão de iniciar sua jornada de trabalho mais cedo, caso tenham interesse em se aposentar com 65 anos e receber o valor integral dos seus vencimentos.
Por uma destas misteriosas ironias do destino, a polícia federal deflagrou, na mesma semana, a operação carne fraca, que constatou várias irregularidades e absurdos cometidos por grandes indústrias do setor alimentício, desde a mistura de material cancerígeno ao fornecimento de carne podre e estragada. Numa atitude de extremado desespero e desrespeito ao consumidor, uma das empresas veio a público, não para se retratar ou pedir desculpas, o que por si só seria insuficiente, mas sim para tentar justificar o ocorrido através de fotos e postagens de seus funcionários ostentado produtos em suas casas.
A lista do Janot é “vazada” e veiculada de forma bem menos arriscada e embaraçosa do que a negociação promovida por um grande time interessado na compra de um famoso jogador de futebol. Sem contar a vantagem do informante ser preservado sob o manto do anonimato e do que, no meio jornalístico, convencionou-se chamar de “entrevista coletiva em off”. Se por um lado a fonte é protegida, por outro gera o mínimo de incertezas e desconfianças, seja pelo teor das acusações ou pelo peso das consequências, que são sobretudo políticas, para não dizer partidárias e pessoais.
A operação Lava Jato faz três anos e seu aniversário será comemorado ou lamentado, do mesmo jeito e da mesma forma, nos mesmos bairros, ruas e endereços, nos restaurantes ou iates (será?) mais bem frequentados (?) do país, em especial nas capitais do Rio, São Paulo, Distrito Federal e Paraná com direito a vinho, uísque e champanhe, sem citar os canapés e os acepipes mais finos e sofisticados.
Mesmo diante das inúmeras manifestações de protesto realizadas nas principais capitais e cidades do interior do país, o desejo de grande parte dos meios de comunicação era que a reforma da previdência pudesse passar despercebida e silenciosa, pequena e sem importância. Os principais jornais e emissoras, tanto escritos como televisionados, optaram por abordar outros temas e assuntos, nas edições e editoriais que seguiram ao desenlace. O pacote de maldades será sentido por nós e principalmente pelas futuras gerações, que terão de iniciar sua jornada de trabalho mais cedo, caso tenham interesse em se aposentar com 65 anos e receber o valor integral dos seus vencimentos.
Por uma destas misteriosas ironias do destino, a polícia federal deflagrou, na mesma semana, a operação carne fraca, que constatou várias irregularidades e absurdos cometidos por grandes indústrias do setor alimentício, desde a mistura de material cancerígeno ao fornecimento de carne podre e estragada. Numa atitude de extremado desespero e desrespeito ao consumidor, uma das empresas veio a público, não para se retratar ou pedir desculpas, o que por si só seria insuficiente, mas sim para tentar justificar o ocorrido através de fotos e postagens de seus funcionários ostentado produtos em suas casas.
A contratação do goleiro Bruno pelo time mineiro de Varginha, o Boa, que irá disputar a segunda divisão do campeonato brasileiro, gerou polêmica e discussão. Os maiores patrocinadores, num gesto de repulsa e desaprovação, para não terem o nome de sua empresa envolvido ou associado ao goleiro, retiraram seu time de campo e rescindiram o contrato com o clube. Numa entrevista concedida a uma conhecida emissora de televisão seu presidente foi questionado se daria esta mesma oportunidade ao goleiro , caso a vítima tivesse sido sua filha. De uma forma inteligente e pouco usual, o presidente respondeu no mesmo tom e altura, com outra pergunta: “e se o Bruno fosse o seu filho?”
Estamos vivendo um período de profunda transformação política e o monopólio da informação, detido até pouco tempo, pelas maiores empresas de comunicações do país estão sendo diluídos através de outros canais, modos e meios. A internet e os dispositivos móveis, que hoje são responsáveis pelo maior número de acessos, operam, mesmo que de forma lenta e gradativa, uma verdadeira revolução na nossa maneira de agir, sentir e pensar. A interação virtual é algo real e o número de informações compartilhadas é infinitamente superior ao que era possível constatar uma década atrás.
Apesar de parcela significativa da população estar atenta e vigilante aos mandos e desmandos operados pelos agentes do poder, ainda sim, é possível contemplar um esforço desmedido de algumas emissoras, principalmente as de canal aberto, para negarem e ignorarem determinados fatos e eventos, dando ênfase a aspectos irrelevantes de certos acontecimentos, como se nada estivesse acontecendo.
Não por acaso Buda nos diz que “três coisas não podem ser escondidos por
muito tempo: o sol, a lua e a verdade”. Em Marcos, capítulo 4, versículo 22
podemos ler que “nada há de oculto que não venha a ser revelado, e nada em
segredo que não seja trazido à luz do dia”. Me despeço com uma célebre frase de
Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar
alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos por todo o tempo”.
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