sonhos não cabem no bolso
pensamentos não são moderados
o inferno são sempre os outros
e os desejos serão revelados
traumas habitam a noite
de dia urro desesperado
já projetei o meu lado oculto
no rosto do outro estampado
visualizei os meus segredos
aceitei os erros perpetrados
mantive singela demência
na tentativa de ser preservado
hoje admito o meu ser processo
matei por dentro meu advogado
aceitei minhas incoerências
ninguém justifica o injustificável
ninguém engana a própria consciência
sem ser por si mesmo lesado
hoje aceito minha inconsequência
como um cego por outro guiado
ignorância é letal veneno
me sinto até iluminado
por ter ao menos descoberto
o que aqui dentro era velado
como principio valorizo o tempo
sua riqueza presente infindável
me reconstruo neste momento
no agora eterno insondável
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