Na natureza é vísivel a existência dos fortes e dos fracos, daqueles que nascem para matar (o leão por exemplo) e daqueles que nascem para morrer, que são sacrificados para que outros possam sobreviver ( o gnu por exemplo). Mas, se por um lado, gostamos de nos ver distantes da nossa animalidade ancestral, por outros ignoramos os princípios éticos e morais que deveriam permear nossa conduta e enriquecer a existência com valores nobres e dignos que nos elevem enquanto seres destinados a compartilhar dos segredos imanentes à Criação. Sem quaisquer considerações metafísicas ou espirituais, mas devemos nos conscientizar que todos estamos interligados de uma forma dinâmica, onde o todo afeta as partes e as partes afetam o todo. A população é responsável por uma porcentagem de lixo e resíduos tóxicos emitidos no meio ambiente, mas as grandes empresas, ainda sim, são as maiores causadoras do problema e todos aqueles que se beneficiam e utilizam seus produtos, alimentam de forma direta, esta indústria do consumo onde objetos são descartados de forma compulsória e sistemática, sendo taxados de ultrapassados. O conceito de progresso, hoje, não representa o conceito de felicidade. Nossas crianças não são criadas nas sombras dos velhos quintais e não raro já se acham atenados as novidades tecnológicas apregoadas pelo sistema. Ontem davámos banho em nossos cachorros com sabão de coco e água fria e nunca ninguém passou mal. Contávamos casos e tinhámos tempo de trocarmos nossas experiências e comungar nossos ideais. Os olhos nos olhos, está expressão tão rara e tão escassa, cede, cada vez mais, lugar a um cenário decadente em que a ausência de diálogo provoca a todo instante, fraturas expostas e aparentemente incuráveis como a violência e o aumento de ingestão de alcoól e outras drogas. O ser humano perdeu o contato consigo mesmo. Isto é apenas o reflexo desta crise de valores em que vivemos, em que mulheres jaca, melão, ainda servem como referência para nossas ingênuas crianças.
0 comentários:
Postar um comentário