Latentes Viagens

Este espaço é um experimento aberto, amplo, intuitivo e original. Liberto das amarras acadêmicas, sistêmicas e conceituais, sua atmosfera é rarefeita de ideias e ideais. Sua matéria prima é a vida, com seus problemas, desafios e dilemas. Toda angústia relacionada ao existir encontra aqui seu eco e referencial. BOA VIAGEM!

Se por um lado, todos nós, sem exceção, gostamos de ser reconhecidos, aceitos e admirados, por outro, possuímos grande dificuldade em reconhecer e aceitar nossos erros, defeitos e imperfeições. Somos obrigados a admitir: ninguém gosta de ouvir a verdade. A verdade dói mas esclarece e amplia nosso entendimento e conhecimento a respeito de nós mesmos. A propósito, uma excelente ferramenta, na busca pelo autoconhecimento é a janela de johari, que recebe este nome em virtude dos prenomes de seus idealizadores: Joseph Luft e Harrington Ingham. A janela de johari é constituída de quatro janelas:


Esta ideia não nos afigura nenhuma novidade tendo em vista a constatação de Freud sobre o inconsciente e a ausência de controle e domínio em nossa própria casa mental. Apesar de não ser um especialista em psicologia vou tentar explicar um pouco desta teoria que muito me ajudou na prática. A primeira janela que temos é a Área Aberta. A área aberta é a parte de nós que é conhecida por nós e pelo outro, todos possuem acesso a ela, nos conhecemos e deixamos nos conhecer. A área oculta ou secreta, como o próprio nome já diz, é a parte de nós que somente nós mesmos temos acesso. Nela residem todos os nossos segredos e tudo aquilo que sabemos a nosso respeito mas não temos coragem ou vontade de revelar ao outro. A terceira janela, e que na minha opinião, é uma das mais interessante, é área cega. A área cega é um tipo de conhecimento que os outros tem de nós, mas nós mesmos não temos. Como se não bastasse nossa intrínseca dependência emocional, afetiva e material, o processo de auto conhecimento passa necessariamente pelo olhar e dizer do outro. Necessitamos do outro para nos dizer algo a nosso próprio respeito, isto com certeza, é uma das coisas mais interessantes e curiosas neste processo, pois temos que ter mente aberta para aceitar o olhar do outro sobre nós mesmos. Se já é difícil para nós, aceitarmos nossas próprias críticas, imagine ter que aceitar e lidar com o olhar do outro. Num primeiro momento, a verdade pode gerar raiva que nada mais é do que negação da realidade, mas num segundo momento, se ousarmos nos aprofundar e refletir com seriedade sobre isso, podemos nos permitir crescer e aprimorar novos talentos e habilidades interpessoais. O ato de dar e receber ajuda está intimamente associado ao grau de verdade que estamos preparados para suportar. Para isso, precisamos ter a humildade de pedir ajuda e ter a coragem de sempre perguntar, de tempos em tempos, as pessoas a nossa volta, como elas nos veem e o que, na visão delas, nos poderíamos melhorar. A quarta área já foi amplamente divulgada e reconhecida pela psicanálise, é a área oculta, que nem nós, nem o outro possui acesso, é o famigerado inconsciente. Objeto de estudo de muitos estudiosos da alma humana, nele parece residir nossos arroubos geniais e criativos, além de se processar grande parte de nossa vida ativa. O inconsciente é um banco de dados que temos acesso independente de nossas escolhas e vontade, lá residem nossos desejos, anseios, medos e aflições. O mundo onírico nos fornece pistas a serem seguidas e desvendadas por nosso eu consciente, é um trabalho que exige esforço, paciência e perseverança. Espero que possa ter contribuído e lhe auxiliado em sua busca por auto conhecimento e acréscimo de inteligência emocional, é isso.

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GINO RIBAS MENEGHITTI

Admiro todas as pessoas que ousam pensar por si mesmas.

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Frases de Albert Einstein

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.

O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.

A imaginação é mais importante que o conhecimento.

Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.

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